O que é contabilidade de custos – conceito e objetivos
A Contabilidade de Custos é uma ramificação da contabilidade geral, focada principalmente no estudo de todos os gastos de uma empresa. Ou seja, aqui, seu contador poderá avaliar e informar se os gastos de sua empresa estão “saudáveis” ou não.
Você sabe exatamente do que se trata a contabilidade de custos e como ela deve ser feita? Se você quer entender mais também para poder avaliar se as coisas estão funcionando bem na sua empresa, leia mais e tire as suas dúvidas sobre como se elabora contabilidade de custos de uma organização.
A Contabilidade ganhou um novo olhar nas últimas décadas. Todo o seu potencial e utilidade gerencial passaram a ser considerados na hora de buscar uma gestão eficiente e eficaz para as organizações.
O profissional da área, que a tempos atrás era conhecido como “guarda-livros”, hoje figura entre os mais valorizados e disputados no mercado de trabalho. As divisões da Contabilidade – gerencial, de custos e financeira, por exemplo – têm papel importante nas tomadas de decisões.
É um cenário novo, dinâmico e desafiador, que pede atenção total, o tempo todo.
O que é Contabilidade de Custos?
A contabilidade de custos é a área da contabilidade que trata dos gastos ocorridos na produção de bens ou serviços. De uma forma mais técnica, podemos defini-la como o registro contábil das operações de produção da empresa, através das contas de custeio, que pode ser dividida em:
- Contabilidade de Custos de Serviços – gastos ocorridos na prestação de serviços
- Contabilidade de Custos Industriais – gastos ocorridos na produção de produtos
Finalidade da Contabilidade de Custos
Seu principal objetivo é na apuração dos custos dos produtos e/ou serviços vendidos e deve ser uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, em especial na formação do preço de venda da empresa.
Esse ramo da Contabilidade ajuda as empresas a entenderem onde estão seus custos e de que forma eles se comportam.
O objetivo da contabilidade de custos é gerar informações para todos os níveis gerenciais das empresas, auxiliando com o planejamento, controle de operações e a determinar seus desempenhos.
Os dados coletados, monetários ou físicos, dão suporte às tomadas de decisões que contribuem com o crescimento e desenvolvimento dessas organizações.
Fazer a análise do custo do produto fabricado, do serviço prestado ou da mercadoria vendida é essencial para que as empresas formem o preço de venda e conheçam o seu lucro real.
Quando surgiu, a contabilidade de custos atendia a necessidade que as empresas tinham de controlar seus estoques, mas com o tempo foi ganhando importância à medida que ia se tornando uma aliada nas decisões gerenciais.
A importância da contabilidade de custos para as organizações está diretamente ligada às mudanças no cenário econômico, como a globalização das economias, por exemplo
Origem da Contabilidade de Custos
Entre o século XV e XVIII, a Europa passou por grandes modificações; o pensamento medieval fora substituído por novas organizações políticas, culturais e econômicas. Com a chegada das grandes navegações o pensamento que o povo europeu tinha sobre o tamanho do mundo mudou, daí então passaram a usufruir deste o máximo possível. Sendo assim, a economia Européia caracterizou de uma nova maneira – com o objetivo de enriquecimento dos Estados Nacionais Modernos. A essa nova caracterização foi dada o nome de Mercantilismo.
A origem de tal prática acontece num momento onde os Estados europeus passavam por um momento de escassez de ouro e prata, faltando assim dinheiro para atender a demanda comercial da época. Naquela época, era tido como ideia de riqueza o acúmulo de capitais por parte dos Estados; por sinal, as grandes navegações iniciadas por Espanha e Portugal tinham o intuito de encontrar no novo mundo ouro e prata para manter as reservas de capitais. Contudo, como não foi encontrado facilmente fontes desses, a saída seria obter tais metais preciosos a partir do comércio.
O Mercantilismo era caracterizado por três princípios básicos: O metalismo (ou bulionismo), que era o acúmulo de metais preciosos; a balança comercial favorável (ou colbertismo – que recebera esse nome em homenagem ao ministro de finanças francesas Jean-Baptiste Colbert, o qual foi o principal impulsionador das ideias mercantilistas em seu país e permaneceu 22 anos à frente das práticas econômicas na França), que dizia que o país deve exportar mais que importar; e, por fim, o Mercantilismo comercial e marítimo, que possibilitava aos Estados a venda, compra e troca de produtos em diferentes regiões do mundo.
Segundo Martins (2001), até o período da revolução industrial, só era utilizada, praticamente, a contabilidade geral nas empresas, pois esta já atendia a demanda de informações dos mercantilistas naquela época. Contudo, com a invenção das máquinas a vapor, a explosão da revolução industrial no século XVIII na Inglaterra e o aumento demasiado de indústrias por todo o território europeu, tornou-se indispensável um controle mais apurado dos valores gastos. Daí, então, surge a contabilidade de custos.
Contudo, nos últimos anos a contabilidade de custos passou a ser de extrema importância para o efetivo controle e gestão de qualquer empresa. Com esse novo patamar, a contabilidade de custos passou a ter duas funções de alta relevância: auxiliar no controle da empresa e auxilar também na tomada de decisões.
Na época atual, muitas empresas ainda passam por dificuldades de ajustamento e readequação de custos e preços de sua estrutura em função da globalização da economia. Muitas empresas, que não se reorganizarem e se readaptarem a esse novo ambiente competitivo, certamente não sobreviverão. E essa reorganização e readaptação estão diretamente inseridas na valorização ainda maior a Contabilidade, como a melhor ferramenta de controle e de avaliação de desempenho da gestão de um negócio empresarial existente na atualidade. (SANTOS ,2005)
De acordo com Horngren, Datar e Foster (2003) a contabilidade de Custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não-financeiras relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da Contabilidade Gerencial quando da Contabilidade Financeira, em que as informações de Custo são coletadas e analisadas.
Tipos de Custos
Basicamente existem dois tipos de custos, o direto e o indireto:
- Custos Diretos – estão objetivamente ligados a produção de um produto ou prestação de um serviço
Exemplo: Em uma fábrica de cervejas as garrafas, tampas, rótulos e líquido são custos diretos, pois a cada cerveja produzida, se tem um gasto a mais com esses itens
- Custos Indiretos– são custos que não são identificados diretamente em produtos e serviços
Exemplo: Os gastos com a equipe financeira, de marketing e gestores dentro dessa mesma indústria seriam considerados custos indiretos
No caso dos custos indiretos, em alguns casos vai ser importante realizar critérios de rateio entre os produtos para que eles sejam devidamente alocados.
OBS: os custos diretos e indiretos, por vezes também podem ser chamados de custos fixos e variáveis.
Concluindo
Para as empresas garantirem o máximo de lucros, é necessária uma contabilidade de custos estratégica e organizada, visto que qualquer deslize pode trazer prejuízos.
Ao realizar a análise das finanças da empresa, neste caso, é possível compreender qual área pode ser economizada e onde é necessário realizar maios investimento, mudando assim o plano da empresa e adaptando-se conforme as necessidades.
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